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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Parcerias estreitas vão ajudar África a solucionar problemas


Parcerias estreitas vão ajudar África a solucionar problemas
O Governo de Angola advoga um envolvimento mais estreito dos países industrializados e desenvolvidos na parceria com a África, por considerar que isso ajudaria o continente africano a solucionar alguns problemas que enfrenta e tirar maiores benefícios das suas potencialidades económicas.Esta posição foi defendida segunda-feira pelo ministro das Relações Exteriores, João Miranda, na reunião de alto nível sobre as necessidades de desenvolvimento de África, na qual participou em representação do Chefe de Estado Angolano, José Eduardo dos Santos. “Esta sessão especial tem lugar num momento particular em que o mundo está a testemunhar uma subida sem precedentes dos preços dos combustíveis e dos produtos alimentares. Estes dois factores têm um reflexo bastante negativo nas economias dos nossos países”, sublinhou.Disse, igualmente, observar com bastante preocupação o colapso das negociações internacionais sobre o comércio internacional, aumentando o cepticismo sobre o futuro do comércio multilateral.“Além desses desenvolvimentos negativos, a África está confrontada com outros complexos e múltiplos desafios relacionados com a paz e o desenvolvimento”, frisou.Realçou, porém, que, apesar dos numerosos factores adversos, o continente africano tem conhecido um acentuado crescimento económico nos últimos anos, contrariando as tendências internacionais de desaceleração da economia.Durante a sua intervenção, o governante angolano manifestou confiança num futuro promissor de África que, na sua opinião, necessita apenas de uma parceria mais forte e coesa, a fim de complementar os esforços africanos tendentes ao crescimento sustentável, daí a necessidade de implementação dos compromissos internacionalmente assumidos nos vários fóruns mundiais.O ministro angolano fez também notar a imperiosa necessidade do acompanhamento pelas Nações Unidas da implementação dos compromissos assumidos pelos parceiros no quadro da cooperação Norte-Sul.Quanto ao princípio de que os Estados são, individualmente, os principais responsáveis pelo seu desenvolvimento, progresso e bem estar das populações, frisou que após anos de guerra, o Governo de Angola conduz de forma bem sucedida um processo de reconciliação nacional e reconstrução económica.Essas acções, elucidou, estão assentes numa política macroeconómica coerente e eficaz, que permitiu o controlo da inflação e uma taxa anual de crescimento satisfatória.“O Governo angolano também tem vindo a realizar um considerável progresso no domínio da integração das questões ambientais, nas políticas sectoriais de desenvolvimento, na reforma da administração pública, no desenvolvimento dos mecanismos de boa governação, defesa e protecção dos direitos humanos”, enfatizou.Como exemplos, citou a desminagem da quase totalidade do território nacional, o considerável volume de investimentos do Estado na agricultura e na construção de pontes, recuperação e manutenção de estradas, escolas, hospitais, projectos habitacionais e outros empreendimentos de ­impacto social.Por outro lado, sublinhou, perante a audiência, que Angola realizou as suas eleições legislativas num ambiente de elevado civismo e tolerância política, o que representa um considerável ganho para a consolidação e reforço da paz, estabilidade e democracia no país.


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