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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Boom dos aparelhos móveis gera falta de endereços online nos EUA

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos podem esgotar sua capacidade de endereços únicos de Internet para atribuição a aparelhos no final do ano que vem, disse um funcionário do setor governamental de telecomunicações.
O Internet Protocol versão 4, ou IPv4, oferece a arquitetura dominante da Internet. Requer que os aparelhos tenham identificadores singulares, conhecidos como endereços IP, mas só dispõe de espaço para 4,3 bilhões desses endereços.

A recente profusão de aparelhos móveis, tais como o BlackBerry, da Research in Motion, ou o iPad, da Apple, e a expansão dos serviços de Internet a mais domicílios vêm esgotando rapidamente os endereços disponíveis.

Uma atualização do principal protocolo de comunicações da Internet que oferecerá mais espaço, conhecida como IPv6, está disponível, mas sua adoção nos EUA está atrasada com relação à Europa, China e outros países.

"Agora enfrentamos a exaustão dos endereços IPv4", disse Lawrence Strickling, diretor da Administração Nacional de Telecomunicações e Informação dos EUA, em uma reunião entre representantes do governo e dos setores interessados.

A transição para o IPv6, com capacidade para trilhões de endereços IP, não será fácil. Pode custar caro para as empresas, e a nova tecnologia talvez não funcione bem com a tecnologia agora utilizada.

Vivek Kundra, diretor-geral de informações no governo dos EUA, divulgou na terça-feira uma instrução a todas as agências do governo do país para que atualizem muitos de seus servidores e serviços, a exemplo de e-mail e sites, para o uso do IPv6, até o final de 2012.

O memorando também instrui a atualizar os aplicativos internos que utilizam servidores de Internet, e a tornar as redes das organizações compatíveis com o IPv6 até o final do ano fiscal de 2014.

Representantes da Comcast, Verizon e Google também compareceram à reunião. As empresas expressaram suas preocupações, mas também sua urgência em avançar, de modo a impedir atrasos nos serviços aos consumidores.

http://br.reuters.com/article/internetNews/idBRSPE68S0FR20100929

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